Estudantes, como estamos no mês da consciência negra temos feito algumas ações no sentido de esclarecer e extirpar esse grande mal que assola a nossa sociedade chamado preconceito. Pesquisamos, produzimos cartazes, textos, participamos da exposição itinerante Negras Lembranças.
Prosseguindo em nossas atividades estou postando esse texto sobre uma árvore que tem uma simbologia muito forte para o povo africano.
O baobá é muito mais
do que simplesmente uma árvore de grande porte que pode atravessar um milênio,
ela carrega consigo a força da resistência africana, a história da devoção do
povo negro e o poder de transformar os preconceitos.
Dentre os estados do
Brasil, Pernambuco é o que tem maior quantidade de baobás, estima-se pelas
pesquisas desenvolvidas na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) que são
cerca de 150 árvores. É uma árvore que fascina povos de todo o mundo, mas no
Brasil ela tem uma forte relação com a religiosidade do povo, sobretudo o de
matriz africana.
Diz a lenda que antes de serem embarcados nos navios negreiros, os
escravizados africanos, sob chibatadas eram obrigados a dar dezenas de voltas
em torno de um imenso baobá, enquanto depositam suas crenças, suas origens, seu
território enfim sua essência, para em seguida serem batizados com uma
identidade cristã-ocidental e enviados para o cativeiro. Por isso o baobá
passou a ser chamado de árvore do esquecimento, pois os escravos teriam
deixando ali toda sua memória (sabedoria).
Ela pode viver até seis mil anos. Além da longa vida, esta árvore se
caracteriza pela abundância e pela generosidade. Suas sementes são castanhas
comestíveis, que também são usadas para se fazer um tipo de bebida semelhante
ao café. Com o óleo da castanha se faz sabão. A polpa de suas frutas tem
vitamina C.
Essa árvore proporciona flores e uma
sombra deliciosa. Quando morre, desaba
sobre si mesmo, deixando uma montanha de fibras das quais se fazem cordas,
tecidos, fios de instrumentos musicais e cestos.
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